A maior aeronave já construída para voos intercontinentais no mundo, o ucraniano Antonov An-225 Mriya, deixou o Brasil na noite desta terça-feira (15), segundo informações da concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O avião decolou rumo a Santiago, capital do Chile, levando um transformador elétrico de 155 toneladas. Inicialmente, a decolagem estava prevista para as 8h de terça-feira, mas a operação de carregamento do transformador foi mais complexa do que o esperado. A chegada da aeronave no Brasil, inicialmente no aeroporto de Viracopos, em Campinas, atraiu aproximadamente duas mil pessoas no aeroporto. Os curiosos se posicionaram próximo à cabeceira 15 em busca da melhor imagem da aeronave, que tocou o solo campineiro exatamente às 11h02 de segunda-feira (14), debaixo de chuva fina. Uma hora depois da chegada do Antonov, muita gente ainda visitava o aeroporto para registrar a presença do avião mesmo de longe. Divulgação GRU Airport Centenas de pessoas passaram pelos aeorportos de Guarulhos e Campinas, para ver o gigante O Antonov mede 84 metros de comprimento, com 88 metros de envergadura (distância entre as pontas das asas). Seu peso é de 175 toneladas sem qualquer carga, inclusive combustível. O avião, construído na época da Guerra Fria, em 1988, é único no mundo. Tem 32 rodas e capacidade para 250 toneladas em seu compartimento de carga. Para colocar o gigante no ar tripulação tem que dar conta de controlar seis turbinas, três em cada asa. A aeronave veio de Houston, nos Estados Unidos. Ela recebeu um módulo, batizado de "berço", com um gerador de 150 toneladas fabricado no Brasil. O gerador transportado pelo Antonov tem capacidade suficiente para abastecer 65 mil casas. Essa foi a segunda vez que o Antonov veio ao Brasil. A primeira foi no início de 2010. Projetado e desenvolvido na antiga União Soviética (URSS), o Antonov tinha originalmente o objetivo de ser um meio de transporte do Buran, o ônibus espacial soviético. No entanto, com o fim da URSS, a aeronave passou a ser usada com fins civis para o transporte de cargas extraordinariamente grandes e que não podem ser transportadas por estradas.
Fonte: Portal Diário de Aço
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